ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 19-12-2007.

 


Aos dezenove dias do mês de dezembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Maffei e Nereu D'Avila. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Maria Celeste, Maria Luiza, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Pedido de Informação nº 211/07 (Processo nº 9741/07) e os Pedidos de Providência nos 5713 e 5714/07; pelo Vereador José Ismael Heinen, os Projetos de Lei do Legislativo nos 276, 299 e 309/07 (Processos nos 8240, 8726 e 9238/07, respectivamente); pelo Vereador Márcio Bins Ely, o Projeto de Lei do Legislativo nº 275/07 (Processo nº 8236/07); pela Vereadora Maria Luiza, o Projeto de Lei do Legislativo nº 298/07 (Processo nº 8682/07) e os Pedidos de Providência nos 5684 a 5712/07; pelo Vereador Professor Garcia, as Indicações nos 171, 172, 173 e 174/07 (Processos nos 9782, 9783, 9787 e 9788/07, respectivamente) e os Pedidos de Informação nos 212, 213 e 214/07 (Processos nos 9784, 9785 e 9786/07, respectivamente); pela Vereadora Sofia Cavedon, o Pedido de Informação nº 210/07 (Processo nº 9740/07). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 13427, 14419 e 14611/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas Nonagésima Oitava, Nonagésima Nona e Centésima Sessões Ordinárias e da Quadragésima Sétima, Quadragésima Oitava e Quadragésima Nona Sessões Solenes. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 036/07, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, 037/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Sofia Cavedon e Carlos Todeschini, 038/07, discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib, Claudio Sebenelo e Carlos Todeschini, e 039/07, discutido pelos Vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 277, 282, 288, 290 e 300/07, o Projeto de Resolução nº 081/07. Na oportunidade, a Senhora Presidenta registrou o transcurso, ontem, do aniversário da Vereadora Maristela Maffei, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. A seguir, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelo Vereador Adeli Sell, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da ordem dos trabalhos e dos Projetos programados para discussão em Pauta nas Sessões Extraordinárias a serem realizadas após a presente Sessão. Às quatorze horas e quarenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e sete minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell questionou a gestão do Prefeito José Fogaça, afirmando que não se observa a agilidade necessária no encaminhamento de soluções aos problemas enfrentados pela Cidade. Da mesma forma, citando o Projeto de Lei do Executivo nº 038/07, criticou o envio, pelo Governo Municipal, neste período final da Sessão Legislativa, de Projetos cuja complexidade exigiria prazos maiores para uma análise adequada por esta Casa. Em continuidade, foram apregoadas as Emendas nos 01, 02, 03, 04 e 05, de autoria do Vereador Adeli Sell, ao Projeto de Lei do Executivo nº 038/07 (Processo nº 9537/07). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Bernardino Vendruscolo abordou o Projeto de Lei do Executivo nº 038/07 e, apoiando a apresentação de Emendas pelos Senhores Vereadores para aprimoramento dessa proposta, relatou debates acerca do assunto mantidos com entidades representativas dos profissionais que atuam no sistema de transporte individual por táxi em Porto Alegre. Ainda, contestou críticas ao Prefeito José Fogaça, hoje efetuadas pelo Vereador Adeli Sell, em Comunicação de Líder. O Vereador Nilo Santos defendeu o trabalho realizado pelo Prefeito José Fogaça, asseverando que parcela dos problemas enfrentados atualmente pela Cidade origina-se de situações criadas em épocas anteriores à posse desse político na direção do Governo Municipal. Além disso, manifestou-se acerca do Requerimento nº 157/07, de sua autoria, em tramitação nesta Casa, de constituição de Comissão Especial para tratar do aumento da população de moradores de rua de Porto Alegre. Às quinze horas e seis minutos, constatada a inexistência de quórum, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Maria Celeste e pelos Vereadores João Carlos Nedel e João Antonio Dib, este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria de seus integrantes.

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 9532/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/07, que institui como Área Especial de Interesse Social III – AEIS III, que se constitui de uma gleba de terra no Morro Santana, cria as Subunidades 06, 07, 08 e 09, da Macrozona 04 (MZ 04), da Unidade de Estruturação Urbana 004 (UEU 004), altera os limites entre as UEU 002 e 004 da MZ 04, define regime urbanístico, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 9537/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 038/07, que estabelece a forma de reajuste da tarifa do Sistema de Transporte Individual por Táxi do Município de Porto Alegre, em todos os seus modais, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 9538/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 039/07, que cria indenização para manutenção de instrumento musical aos detentores de cargos de provimento efetivo que compõem a Banda Municipal da Secretaria Municipal de Cultura, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 9536/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 037/07, que dispõe sobre a admissão de pessoal por tempo determinado, a fim de atender necessidades temporárias de excepcional interesse público, consoante o que preceitua o inciso IX do art. 37 da Constituição Federal e o inciso II do art. 17 da Lei Orgânica do Município. (Agente Comunitário de Saúde/prorrogação de contrato temporário/recrutamento) Com Emendas nos 01, 02 e 03.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 8241/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 277/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que institui o Monumento Batalhão Suez, em homenagem aos integrantes do 5º, do 13º e do 20º Contingentes do Batalhão Suez.

 

PROC. Nº 8313/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 282/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Cambuí o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4008 – Vila Orfanotrófio I -, localizado no bairro Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8417/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 288/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Galo-da-Serra o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4026 – Vila Orfanotrófio I - , localizado no bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8419/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 290/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Gavião-Real o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4017 – Vila Orfanotrófio I - , localizado no bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 8440/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 081/07, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Rabino Mendel Liberow.

 

PROC. Nº 8851/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 300/07, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Major-Aviador Falcão o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 7044 – Loteamento Lagos de Nova Ipanema. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Margatere Moraes está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Verª Maria Celeste, M.D. Presidenta desta Casa; Verª Margarete Moraes, colegas Vereadores, vejam só: hoje é dia 19 de dezembro e, em 1ª Sessão de Pauta, temos dois Projetos do Executivo. O PLE nº 038/07 estabelece a forma de reajuste da tarifa do Sistema de Transporte Individual por Táxi no Município de Porto Alegre, e o PLE nº 039/07 cria indenização para manutenção de instrumento musical aos detentores de cargos de provimento efetivo que compõem a Banda Municipal da Secretaria Municipal de Cultura. São Projetos do Executivo! O Prefeito Municipal José Alberto Fogaça poderia, se fosse eficiente, capaz e competente, ter os mandado com muita antecedência. Sobre a questão de táxi - está aqui o Presidente do Sindicato -, há Projeto de um outro Vereador que rola pela Casa e trata da mesma questão. E o Projeto que veio agora está cheio de erros, inclusive sobre a questão do transporte de objetos. Eu acho que, quando as coisas estão mal, não se toca fogo na baiuca para se livrar do problema.

A minha Bancada está apresentando cinco Emendas, que pretendem, com muito esforço, resolver os equívocos desse Projeto de Lei. Nós estamos estabelecendo um gatilho para um aumento anual. Se não tivermos um gatilho, se mudar a política econômica, ou der um problema com o Presidente Evo Morales, com o Presidente Chaves, ou com a infra-estrutura da Petrobras, ou com os postos petrolíferos da Ásia, o que vai acontecer? A gasolina sobe, o gás sobe. Nós estabelecemos em torno de 12% - que é a inflação, também há a questão dos juros -, fica num patamar razoável para 12 meses. Tem que ter um reajuste a partir disso; esse é o motivo do gatilho. Depois, nós fizemos pequenas modificações sobre o transporte de objetos, colocamos uma Emenda, já que estamos tirando - eu acho que fica mais claro também para o usuário - a bandeira 3 e 4, estamos colocando uma Emenda para que fique em 30% a diferença entre a bandeira 1 e a bandeira 2.

Portanto, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, comprometida com a cidade de Porto Alegre, na antevéspera do Natal, está aqui preocupada, na hora certa, dando quórum; se não fosse a Bancada do PT, não começaria a Sessão às 14 horas. E o Governo tem 26 para 12, daria uma sobra folgada. Aqui está quem, de fato, quer ajudar a cidade de Porto Alegre. E nós estamos aqui, Ver. João Antonio Dib, para discutir esses temas e resolver os problemas da Cidade. Aos taxistas de Porto Alegre: a melhoria do Projeto - a sua adaptação, a sua correção - está nas cinco Emendas da Bancada do PT, e vou pedir aqui o apoio da Bancada tucana, que está toda presente; da Bancada do PMDB, que tem dois Vereadores aqui; do Ver. João Antonio Dib, sempre atento e vigilante desde a primeira hora, junto com Ver. Haroldo de Souza e o Dr. Raul. Nós queremos ajudar, Ver. Haroldo, para que as coisas melhorem nesta Cidade.

Sobre a Banda Municipal, eu vou agora conversar mais detalhadamente com a minha Bancada, especialmente com a Verª Margarete Moraes, que foi Secretária Municipal, que sabe dos problemas da Banda. Problemas que não surgiram na nossa Administração, mas no momento em que a Banda e os cargos foram criados, hoje com salários muito baixos, problemáticos. Nós apenas vamos ver com a nossa assessoria jurídica se temos condições de aprovar esse pagamento de indenização para manutenção do instrumento musical, na medida em que eles são da Prefeitura, e seria, em última instância - vamos ser claros também -, mais um “penduricalho”, mas, afinal, passa mal, como passa mal a nossa Banda, e nós temos de refletir muito, muito e muito. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, são quatro os Projetos em 1ª Sessão de Pauta, e os quatro são do Executivo, e não dois, como disse o Ver. Adeli Sell. O PLE nº 036/07 institui Área Especial de Interesse Social lá no Morro Santana, há algumas alterações que terão que ser examinadas com cuidado, e eu acredito que não será, neste momento, nós que vamos fazer.

Temos o reajuste da tarifa do Sistema de Transporte Individual por Táxi do Município, estabelecendo novas normas para que isso ocorra. Vai ser, evidentemente, apreciado pela Casa, até porque, eles estão, há muito tempo, com as tarifas defasadas. Acho necessário que se faça o atendimento do que o Prefeito está solicitando. Provavelmente, eu deva dizer que deveria ter vindo há mais tempo, pois já tramitava na Casa um Projeto de Vereador tentando fixar um tipo de estudo de tarifa de táxi. Agora o Prefeito manda um aqui que parece atender ao interesse de todos, só que nós temos que acelerar, para que ele possa ser votado ainda em tempo hábil.

Essa indenização pela manutenção do instrumento musical aos detentores de cargo de provimento efetivo que compõem a Banda Municipal é justa, justíssima, porque os instrumentos são deles, e eles têm que preservar o patrimônio, pois não recebem salários tão altos que possam ver o seu patrimônio se desgastar sem que seja recuperado com participação do Município.

E, a respeito da admissão de pessoal por tempo determinado, eu lá tenho as minhas dúvidas se pode ser por um ano; se não é por seis meses, só. Mas, se tenho as minhas dúvidas, vou examinar com profundidade, porque estou o recebendo agora. Claro que o Prefeito está fazendo dentro da Constituição, dentro da lei municipal. Pela primeira vez vejo um Prefeito fazer isso, em dezesseis anos não fizeram isso, e eu reclamei muitas vezes que o Prefeito deveria ter mandado pela Lei nº 7.770, mas nunca mandou. Agora o Prefeito Fogaça está fazendo isso, não sei se cabe um ano. Mas os mesmos Vereadores da Bancada do PT que reclamam já aceleraram as suas máquinas e já emendaram, querendo administrar junto com o Prefeito o atendimento dos agentes comunitários de saúde.

Então, vamos somar esforços, vamos trabalhar, porque, na verdade, nós temos até o dia 03 de janeiro para trabalhar nesta Casa; temos várias Sessões ainda: dia 24 pode haver Sessão; dia 26 terá Sessão, tudo certo; dia 27 terá Sessão, tenho certeza; dia 02 de janeiro terá Sessão, tenho certeza. Então, vamos trabalhar, pois os Vereadores assim quiseram, porque este Vereador havia proposto que o período de trabalho da Câmara fosse de 16 de julho até 22 de dezembro, mas a maioria entendeu que deveria ser de 1º de agosto até 31 de dezembro e, depois, de 1º de janeiro até 03 de janeiro. Então, eu quero ver o trabalho de todos e estarei presente, batendo palmas junto com o Ver. Garcia, que até deixou de fazer uma viagem para acompanhar os trabalhos da Casa. Saúde e PAZ.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Gostaria de passar as mãos da Verª Maristela Maffei, que esteve de aniversário no dia de ontem, as congratulações da Presidência desta Casa.

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, está na Pauta do dia de hoje o Projeto de Lei do Executivo nº 038/07, que estabelece a forma de reajuste da tarifa no Sistema de Transporte Individual por Táxi no Município de Porto Alegre em todos os seus modais e dá outras providências.

O representante do Sintáxi - o qual nos dá a honra da sua presença - veio conversar com os Vereadores a respeito da proposta do Executivo. Uma das considerações a se fazer, primeiro, é que o táxi e o taxista prestam um serviço exponencial à cidade de Porto Alegre; prestam um serviço de extraordinária utilidade pública tendo, no dia-a-dia, as questões de renovação da frota, de atualização, de manutenção e principalmente o espiral de custos, de combustível, como custos com funcionários, custos trabalhistas, até as questões de reposição de peças, que são de custo altíssimo. Temos um lapso muito grande, e não houve reajuste das tarifas de táxi.

O táxi presta serviços, por exemplo, na madrugada e de dia; há aquele que transporta de manhã, de manhã cedo; há aquele que transporta no fim da tarde e aquele que transporta de madrugada, e eles têm características totalmente diferentes. Para essas características diferentes, catalogaram os serviços de táxi em quatro bandeiradas, que são proporcionais, são percentuais: a 1, a 2, a 3 e a 4; percentuais ascendentes de um a quatro. O que o Sintáxi quer? Com a abolição da bandeira 3 e da bandeira 4, pretende o Sintáxi, pelo menos, uma compensação na bandeira 2. A compensação que o Sintáxi pede é de 35%, e nós achamos justo esse pedido, principalmente pela sua importância social; e o táxi à noite tem duas funções fundamentais: além do transporte, a segurança. Essas questões de segurança também mobilizam os motoristas de táxi, eles nunca foram indenizados pelas perdas brutais obtidas até hoje em momentos desagradáveis, por perdas, não só da inutilização de um motorista de táxi, mas também pela morte de um motorista de táxi, o que ocorre com muita freqüência na cidade de Porto Alegre. São coisas inaceitáveis, esse é um trabalho de altíssimo risco, não só risco de acidente, mas também de violência urbana - o vício, a agressão física, os assaltos e até a morte. Nós vemos a revolta dos motoristas de táxi, com a freqüência, nas passeatas que fazem, sem compensação nenhuma, a não ser lamentar a dor da perda de um colega, a não ser a solidariedade.

Nós achamos que o pedido do Sintáxi pode comportar uma emenda que seja, pelo menos, abrangente na questão do risco, na questão do seguro, na questão, principalmente, do trabalho à noite, da bandeira 2, quando as dificuldades são muito maiores, não só climáticas, não só de importância social, não só de transporte, como também dessa nova forma de se regular a tarifa do táxi. Tem a nossa solidariedade, e o nosso trabalho vai ser junto aos Vereadores para que façamos uma emenda nesse sentido.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadores, quero me pronunciar sobre o Projeto de Lei do Executivo que está entrando em Pauta. E lamento que, no apagar das luzes do ano, haja a iminência de agentes comunitários de saúde, Dr. Raul, terminando os seus contratos... A partir de 03 de janeiro, nós já teremos agentes comunitários com contrato findo, portanto com alguma solução a ser dada. É o Governo, de novo, desconhecendo os nossos protestos e mobilizações, porque, no período desses quatro meses, os agentes comunitários tiverem duas audiências aqui na Casa. Uma foi promovida pela Comissão de Saúde, e a outra foi organizada por alguns Vereadores para ouvi-los, pelas suas angústias, pela insegurança do futuro, pela lacuna de vários dias trabalhados e não recebidos na mudança da FAURGS para a Prefeitura, por dificuldades em relação à clareza do vínculo empregatício, do direito a férias, do direito ao 13º salário, do direito ao vale-transporte, ao vale-refeição, pela diferença de tratamento entre os funcionários, pela própria questão do livro-ponto. Ou seja, foi um inferno astral vivido pelos agentes comunitários de saúde nesses quatro meses.

Eles dependem desse Projeto de Lei, tiveram o compromisso do Governo, que foi expresso aqui em Audiência Pública, Verª Maria Celeste, pelos Secretários, no acordo final, de que não seriam contratados pelo Instituto Sollus, seriam contratados diretamente pela Prefeitura. Esse foi ao acordo depois da crise toda da FAURGS e da contratação do Sollus. No entanto, nos últimos dias de dezembro, na iminência do fim dos contratos temporários - que foi a medida adotada pela Prefeitura e alardeada para todos os funcionários, que era a grande novidade, que a Prefeitura estava assumindo e cumprindo a Emenda 51, da Constituição -, o Governo vem com uma solicitação de autorização para prorrogar até 31 de dezembro de 2008 o contrato temporário dos agentes comunitários de saúde! Ora, 31 de dezembro de 2008, significa, literalmente, primeiro, não cumprir com a palavra dada, com o compromisso assumido mediante a mobilização de setecentos e poucos funcionários; segundo, significa postergar o problema para a próxima Administração.

Então, de novo a Saúde experimenta a insegurança e a irresponsabilidade do Governo Fogaça. Não bastasse a crise de vivermos um mês com os PSFs fechados, houve também a crise de ter retaliações, porque o Governo não admitiu uma das enfermeiras que era dirigente. A Cláudia, que era dirigente do movimento das enfermeiras naquele momento, excelente enfermeira, coordenadora do PSF da Vila São Vicente Mártir, não foi contratada; ela está na FAURGS, numa sala, sem função. Depois o Sollus chama e sumariamente demite a Mônica, que foi uma das lideranças da comissão dos trabalhadores, que é enfermeira do PSF Rua, muito capaz, muito respeitada. E demitiu também outra liderança do Sindicato dos Enfermeiros, a Andréia. Mediante todo esse terrorismo, toda essa insegurança, qual a conclusão que nós chegamos, Ver. Carlos Todeschini? Que a Saúde de fato não é prioridade para o Governo Fogaça. A prioridade é beneficiar a terceirização, que ocorreu, por exemplo, através do Sollus; a prioridade agora é ganhar tempo para terminar o ano e não se incomodar, não cumprir a Constituição e não cumprir o TAC.

Ainda há o Ministério Público. O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho se envolveram, Ver. João Antonio Dib, também o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. Os três Ministérios assinaram com a Prefeitura um Termo de Ajuste de Conduta, no qual a Prefeitura se comprometia em contratar diretamente os agentes comunitários de saúde, no qual a Prefeitura, Ver. João Antonio Dib, se comprometia a enviar para esta Casa, até o final de março, a criação de todos os cargos necessários para a estabilização e realização dos Programas Saúde da Família.

Ora, estamos em final de dezembro, temos praticamente dois meses, quando se reduz muito a atividade da Prefeitura. E tudo o que obtivemos da Prefeitura, mesmo sem baixar a guarda, mesmo sem parar de mobilizar, mesmo sem parar de fazer reuniões com os Secretários de gestão da Saúde; com a Secretária Sônia, da SMA, os Vereadores Oliboni e Raul não pararam de se mobilizar... Mesmo assim, o Governo só conseguiu, até o final do ano, pedir a prorrogação dos contratos do PSF. Ou seja, nós não teremos, em março, o cumprimento do TAC; não teremos o respeito aos três Ministério Públicos; não teremos o respeito aos mais de setecentos funcionários que estão na berlinda mais uma vez; não teremos respeito ao Conselho Municipal de Saúde, que também, todo esse tempo, foi protagonista, procurou se posicionar. O Conselho exigiu respeito e fez uma mobilização nesta semana que passou, porque continua não sendo ouvido, porque reprovou as contas da Prefeitura na Saúde e vê o risco à que está submetido o PSF. Está aqui, Ver. Dib, para o senhor ler em Pauta: na verdade, o problema dos PSFs vai continuar; a Prefeitura do Prefeito Fogaça causou todo esse transtorno, lava as mãos e solicita para empurrar para 2008, para o novo Governo, a solução do seu desastre de gestão na Saúde.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e assistência desta Sessão. Realmente, Verª Sofia, eu vou começar o debate pelo assunto do seu encerramento.

Estamos concluindo o terceiro ano de Governo Fogaça, e esse assunto da contratação dos agentes de saúde, se é verdade que gerou muitas dúvidas, as dúvidas sobre as formas de implementar os programas, elas fizeram com que o Governo optasse pela contratação da FAURGS, mas, depois de três anos do atual Governo, o assunto já deveria ter amadurecido, a atitude adequada já deveria ter sido tomada, que é a realização do concurso. Isso não foi feito, Verª Sofia, e a desculpa do Governo Fogaça é sempre no sentido de repassar a responsabilidade aos outros Governos. No entanto, a maior parte de vigência desse programa é dentro do atual Governo, e nenhuma atitude foi tomada até o momento. A atitude escolhida agora - prorrogar os contratos por mais 12 meses - significa procrastinar, adiar uma decisão que já devia ter sido tomada.

Aliás, esse problema não é novo, começou no primeiro semestre, antes do recesso desta Casa, quando houve todo um debate, e o Governo teve tempo hábil, sim, para encaminhar a organização do concurso público para selecionar esses agentes de saúde, que são mais de setecentos. Não o fez. Aliás, muito foi dito na campanha no sentido de que o problema da Saúde em Porto Alegre era de gestão. E eu admito que, de fato, havia problema de gestão, que precisava ser melhorado. Agora os problemas vigentes de gestão são muito superiores, são infinitamente superiores em relação aos que havia, é por isso que, como resultado, nós temos uma Saúde pior, nós temos um atendimento ao público mais deficitário, mais precário; nós temos falta de remédios; nós temos o não-cumprimento das obrigações do Estado para com a Saúde e por aí a fora: postos fechados, diminuição das equipes. São problemas de toda natureza, indicando claramente a falta de gerenciamento, e há mais essa medida, que é uma medida cômoda de quem não quer fazer gestão. Poderíamos muito bem ter o concurso elaborado, porque o prazo para a elaboração das provas, para avaliação, decisão e contratação é março, depois adentraremos no período eleitoral, e aí fica inviabilizado. O Governo, mais uma vez, não governa, não toma atitude e deixa procrastinada uma decisão que tinha que ser tomada.

Eu quero fazer uma referência aqui ao pedido que fazem os taxistas, ou que faz a categoria dos taxistas, em relação ao reajustamento das tarifas. Trata-se de uma política de reajustamento das tarifas de táxis, o que me parece bastante justo. O problema que nós tivemos aqui - está aí o representante do Sindicato - foi o de um Projeto que ficou, de março até novembro, com alguém sentando em cima. O Projeto não tramitou em nenhuma Comissão. Por que isso? Agora, nós estamos tendo, de afogadilho, que votar uma lei que vem do Executivo como todas as outras: cheias de erros de Português, cheias de coisas absurdas. Aí, então, como é que se faz? Vamos ter, possivelmente, Reunião Conjunta das Comissões hoje. Enfim, temos que tomar decisões apressadas, porque o Governo não se mexeu, não fez o que tinha de fazer, e alguns Vereadores aqui corroboraram com isso.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Todeschini, eu gostaria de concordar em parte com o discurso de Vossa Excelência. Nós achamos que as bandeiras 3 e 4 devem cair. Também, o que o Governo está propondo é tão-somente 20% da bandeira 1 para a bandeira 2, que já existe. Então, essa reivindicação das entidades de classe é justa, que nós façamos um reajuste para compensar a perda da bandeira 3 e 4. Acho que é louvável o que as entidades estão solicitando.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Ver. Bernardino, o que é lamentável é que o Governo tarda, envia um Projeto na última hora, totalmente equivocado e ainda sem discutir com ninguém da categoria. É sempre assim que acontece; para a Cidade ficar sabendo. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Está encerrado o período preliminar de Pauta.

 

O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): Srª Presidenta, eu queria fazer uma consulta à Mesa. Deveremos votar dois ou três Projetos, e não lembro do nosso acordo, se combinamos de correr pauta em relação a algum. Solicito à Diretoria Legislativa que verifique antes de abrir as inscrições para as Lideranças.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Conforme acordo da Reunião de Mesa e Lideranças, segunda-feira, Ver. Adeli Sell, de fato, devemos correr duas Sessões Extraordinárias.

 

O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): V. Exª poderia nominar os Projetos?

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Claro, Vereador.

Projeto de Lei do Executivo nº 037/07: dispõe sobre a admissão de pessoal por tempo determinado, a fim de atender necessidades temporárias de excepcional interesse público. Projeto de Lei do Executivo nº 036/07: institui como AEIS III uma gleba de terra no Morro Santana, cria subunidades, define regime urbanístico e dá outras providências. Projeto de Lei do Executivo nº 038/07: estabelece a forma do reajuste da tarifa do Sistema de Transporte Individual por Táxi. Projeto de Lei do Executivo nº 039/07: cria indenização para a manutenção de instrumento musical aos detentores de cargos de provimento efetivo que compõem a Banda Municipal da Secretaria Municipal de Cultura e dá outras providências. São esses os Projetos acordados para a Sessão Extraordinária.

 

O SR. ADELI SELL: Em nome da Bancada do PT, eu dou acordo, mas quero saber se o Governo tem acordo, quero saber quem fala em nome do Governo, porque, senão, teremos de suspender a Sessão para acertar. Da minha parte, não há problema.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h45min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste - às 14h47min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, cidadãos, cidadãs: 19 de dezembro, quarta-feira, Sessão Ordinária da Câmara, e há dificuldade para dar quórum. Não fosse a Bancada do PT, não teria dado quórum, nós ajudamos a dar quórum, nós queremos que a Cidade avance.

O Projeto que eu comentei há pouco, o dos taxistas, apresenta erros, e erros grosseiros. Fiz cinco Emendas; disponibilizo a matéria, em nome da minha Bancada, a qualquer outro assinar conosco, porque queremos resolver os problemas da Cidade. Nós queremos que a Cidade caminhe. Agora, para isso, o Governo tinha que ter se apressado, mandado os Projetos antes, porque nós vamos correr hoje, fazer duas Sessões Extraordinárias para correr Pauta. Enquanto isso, o Governo não consegue redigir, também não consegue governar. Por quê?

O que está fazendo o Governo Municipal para não termos problema no Natal na Av. Baltazar? Empresas localizadas - pena que o Ver. Brasinha não esteja aqui, porque eu iria dialogar com ele, o Vereador é um dos prejudicados na região, pois mora, trabalha, tem empresa lá - na Av. Baltazar darão férias coletivas. E o Governo Municipal não tem nada para falar sobre isso? Não vai subir a ladeira para falar com a Governadora? O Prefeito Fogaça não vai sair do Paço Municipal, subir aquele trechinho da ladeira?

(Aparte anti-regimental.)

 

O SR. ADELI SELL: Isso é omissão, Ver. Guilherme Barbosa - muito bem colocado. Tem mais, Verª Maristela Maffei: na Lomba do Pinheiro - como o resto da Cidade -, o que se ouve? O problema da Saúde. Ver. Oliboni, e na Leste? No Partenon, no Murialdo? Na Panorama? E nos outros lugares? Na Restinga, fecharam o PSF da Castelo, alugaram um “muquifo”, e aquilo que foi destruído eles deram para uma instituição. Esse é o Governo Municipal. Vá se entender alguma coisa com tanta bagunça, tanta barulheira, publicidade que é feita nos jornais, mostrando o Laçador: “Obra do Governo Municipal”. Mas o Prefeito diz agora a verdade, quando põe publicidade, dizendo que a obra é da Prefeitura, ou quando ele disse que a Prefeitura não gastou nada, que a iniciativa privada havia pago? Qual é a verdade? O Prefeito fala a verdade no dia da inauguração ou na publicidade da Prefeitura? Eu quero saber a verdade, que fale o Governo! Quero saber também quem é que disse que aqueles carrinhos bonitinhos da Secretaria de Segurança Urbana são obra do Governo Municipal? Nenhum deles é! Todos são doações do Governo Federal, estão lá as tarjetas, os adesivos do Governo Federal, dizendo: “Doação do Governo Federal”.

Tem mais! Hoje eu não posso deixar de falar, já que ontem eu constatei um silêncio obsequioso nas Comissões, em várias reuniões que houve ontem aqui, sobre a pesquisa de popularidade do Governo Municipal. Ufa, 5,1! Por pouco não ficou no vermelho, mas ficou ali, ali! Foi difícil passar dos 5. E aí? O Governo não falará? Eu espero que fale, porque até agora não falou dos erros dos Projetos, não falou dos atrasos dos Projetos, não fala da Av. Baltazar, não fala do Conduto Forçado, não tem o que falar! Vamos ser claros, este Governo não tem o que falar, porque é uma trapalhada em cima da outra. Eu sei que há Vereadores aqui constrangidos. Eu peço desculpas, mas, sinceramente, os senhores e as senhoras estão numa situação difícil, muito difícil. Não é para rir, é para chorar! Mas, como nós estamos em véspera de Natal, afinal de contas, nós temos que ser um pouco mais leves no coração, porque o momento condiz com as luzes da cristandade. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo as seguintes Emendas ao PLE nº 038/07 (Lê.): “Emenda nº 01 - Inclui-se parágrafo único no art. 2° do PLE nº 038/07, com a seguinte redação: Art. 2° [...] Parágrafo Único - Será elaborado um gatilho compensatório anterior a 12 (doze) meses sempre que a inflação do período ultrapassar 12 (doze por cento) de inflação. Emenda nº 02 - Suprime o inciso VII no art. 4° do PLE n° 038/07. Emenda nº 03 - Acresce inciso IV no art. 4° do PLE n° 038/07, que passa a ter a seguinte redação: art. 4°[...] VI - O transporte de animais de estimação de pequeno e médio porte, bem como de volumes de grandes proporções, será faculdade do condutor e objeto de acordo entre este e o usuário, no que se refere ao pagamento dos itens descritos neste inciso, excetuando-se o cão guia. Emenda nº 04 - Altera inciso V no art. 4° do PLE n° 038/07, que passa a ter a seguinte redação: art. 4° [...] V - Os objetos que não excederem 03 (três) volumes de mão tipo sacola e uma mala poderão ser transportados junto à cabina de passageiros, a critério do condutor. Os demais volumes deverão ser acondicionados no porta-malas. Emenda nº 05 - Altera inciso III no art. 4° do PLE n° 038/07, que passa a ter a seguinte redação: art. 4° [...] inciso III - O preço do quilômetro rodado II, acrescido em 30% (trinta por cento) em relação ao preço do quilometro rodado I, cuja vigência se dará entre as 22h até às 6h do dia seguinte, bem como durante as 24 horas de domingos e feriados”. Todas as Emendas são assinadas pelo Ver. Adeli Sell, Líder do PT.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; Verª Clênia Maranhão, Líder do Governo; demais Vereadores, evidentemente, nós, Vereadores da base do Governo, já nos conscientizamos de que o Projeto que vem do Executivo precisa de adequações. Tivemos oportunidade de fazer uma reunião com as entidades de classe, e há que se registrar que - não quero dizer o que é ou não legítimo - temos aqui nesta Casa sempre representantes de três segmentos: uns das associações, outros dos sindicatos e outros das associações dos proprietários, e por aí vai. O Projeto é conhecido por nós, sabemos, Ver. Dib, já me conscientizei... Agora falo por mim, apesar de estar aqui falando em nome da Bancada do PMDB, mas essa matéria eu conheço; acho, sim, que precisamos extinguir as bandeiras 3 e 4. Primeiro, porque gera confusão; segundo, porque gera exagero às vezes de ambos os lados. Agora, tirando as bandeiras 3 e 4, nós precisamos fazer uma compensação, manter somente a diferença de 20% entre as bandeiras 1 e 2 é o que já existe. Se estamos tirando as bandeiras 3 e 4, precisamos fazer uma compensação. E nós, nessa linha, concordamos, precisamos ter um entendimento do quantum, do valor.

Por outro lado, o Projeto está dando poder ao usuário de dizer onde ele levará as bagagens e as sacolas de compras. Nós não concordamos, quem tem que decidir isso é o condutor, porque, daqui a pouco, alguém vai ao supermercado, pega uma sacola cheia de compras - não vou dizer aqui de quê -, que poderá sujar o banco, e aí o próximo passageiro vai pagar a conta. Acho que a responsabilidade de dizer onde se leva, onde se colocam as bagagens, as malas e as sacolas é do condutor, e não do passageiro, como está no Projeto proposto pelo Governo. Já temos mais ou menos concordância com isso.

Ver. João Antonio Dib, o Governo pretende que os próximos reajustes venham com a variação do IGP-M e que o prazo mínimo seja de 12 meses. A nossa preocupação é que, se durante esse período vier um reajuste violento de combustível, como é que os motoristas, como é que os condutores, como é que os proprietários vão resistir a esse aumento aguardando um reajuste do táxi por um período de quase 12 meses? Então, aí é complicado, precisamos conversar sobre isso.

Agora, o que não pode aparecer aqui nesta época é Papai Noel, porque, se alguém tentar ser Papai Noel aqui, nós não vamos chegar a um consenso. Aqueles que já protocolaram tiveram essa intenção, mas precisamos fazer algo de consenso, porque senão vai aparecer um apresentando 35%, outro 30%, outro tira aqui, outro tira ali, e nós não vamos conseguir votar o Projeto este ano. Então, faço um apelo para que haja uma discussão dos Vereadores, independente de ser da oposição ou da base do Governo, para que os taxistas e os usuários tenham um Projeto que atenda aos anseios e aos desejos de todos.

Também gostaria de dizer aqui para o Ver. Adeli Sell que eu até entendo a sua angústia, quando aqui vem e abre uma “metralhadora”, passa uma “patrola”, atacando o Governo em todas as frentes. Eu gostaria de lhe dar um aparte, mas estou falando em Liderança. Entendo a angústia de V. Exª, até porque nós estamos vendo agora os resultados do Governo. Quando assumimos, nós tínhamos dívidas que até hoje não sei precisar de quanto - uns dizem 180 milhões, outros dizem 150 milhões. Enfim, nós tínhamos muitas dívidas e muitas coisas a serem feitas. O Governo começa a mostrar, a tornar realidade, na sua Administração, aquilo que propôs no início. Isso, na verdade, lhe tira o sono, e eu até aceito, mas preciso mostrar para a sociedade que nós não concordamos com as suas ponderações, mas eu o entendo. Isso realmente deve tirar o sono, até porque o ano que vem é um ano eleitoral. Imagino que isso deva trazer um desconforto tremendo, mas sabemos que há remédio para tudo. Querido Vereador, tenho a maior admiração pela sua pessoa, mas preciso fazer esse registro de que noto a sua angústia e sei que de repente isso pode se agravar, porque temos muitas obras a serem entregues nos próximos dias, como o próprio Conduto Álvaro Chaves, o Camelódromo e tantos outros. Isso vai gerar cada vez mais uma situação aguda naquela sua preocupação das obras do Governo. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NILO SANTOS: Exma Srª Presidente, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhores e senhoras que nos acompanham nesta tarde, realmente as críticas são grandes, são fortes também, mas não podemos deixar de reconhecer que o trabalho que vem sendo executado pelo Governo Fogaça é um trabalho que vem em ascensão. Pode-se criticar o que quiser no campo político, mas não podemos fazer de conta que não estamos vendo que estamos avançando em algumas áreas, e avançando muito, Ver. Guilherme Barbosa.

A grande dificuldade é que parece que para algumas pessoas está proibido falar de passado nesta Casa. As pessoas se ofendem quando se fala em passado, quando se fala em herança - herança é uma palavra que dói muito quando é dita desta tribuna. Não temos como analisar o Governo Fogaça sem comparar com o Governo passado. Nós temos muitas heranças malditas, Ver. Haroldo. Muitas heranças malditas! Uma delas o jornal Zero Hora praticamente escancarou no sábado (Mostra o jornal.), na página 44 (Lê.): “Faixa de insegurança para motoristas”. Senhoras e senhores, o número elevado de flanelinhas, o número elevado de moradores de rua, o número elevado de pessoas que achacam nas sinaleiras, de pessoas que ficam constrangendo nas sinaleiras, é vendido, muitas vezes, como se fossem “filhos” do Prefeito Fogaça. Essa é uma crise...

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)

 

O SR. NILO SANTOS: Ele é muito novo para ter tantos filhos assim; o pai é mais velho, Ver. Guilherme, tem no mínimo uns 16 anos a mais.

Eu já bati nessa tecla aqui e quero reforçar, até porque esta matéria do jornal vem trazer apenas o resultado para quem sempre pregou que a rua é um espaço lúdico, um espaço bom, para quem sempre defendeu o direito de ir e vir. Nós estamos vivendo um momento em que temos que repensar muitas coisas, inclusive sobre direitos humanos. Muitas pessoas defendem que o morador de rua, que o flanelinha não podem ser retirados das sinaleiras porque têm direito de ir e vir, só que o direito de ir e vir não pode causar prejuízos a outras pessoas, porque assim estará sendo cometido um crime, e, quando um crime é cometido, a pessoa está sujeita às penalidades daquele crime.

Ontem eu conversava com o Prefeito José Fogaça sobre o pedido para a formação de uma Comissão Especial desta Casa para tratarmos o assunto ”moradores de rua”, e o Prefeito José Fogaça concordou. Na oportunidade, comentei com ele que fiz um contato com o Ver. Adeli Sell, que também aceitou a idéia, até para que possamos entender que precisamos dividir essa responsabilidade com esta Casa, com a FASC, que é a gestora da Assistência Social. O Conselho Municipal de Assistência Social é um Conselho deliberativo, é um Conselho que autoriza ou não a execução dos projetos. Há também o próprio CMDCA, que numa semana autoriza o projeto e na outra semana desautoriza o projeto - depois de uma forte avaliação política, desautoriza. Temos que chamar o Ministério Público, a Brigada Militar, porque não dá mais para continuar nessa situação que estamos vivendo hoje. Trago novamente, pela décima vez aqui, o exemplo da Cidade de Uberlândia, onde o Ministério Público está fazendo com que essas pessoas paguem pelo crime de mendicância, constrangendo as pessoas nas sinaleiras. E isso, senhoras e senhores, nós vamos resolver se não levarmos a nossa bandeira para a discussão, desde que a nossa bandeira seja o lado humano de tudo isso que estamos vivendo. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação as Atas da 98ª, 99ª e 100ª Sessões Ordinárias e da 47ª, 48ª e 49ª Sessões Solenes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h06min.)

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